sábado, 29 de agosto de 2015

Vida que vira poesia Na boca do sertanejo


Tuna, tonel, tanajura, Mugunzá e Mandacarú, Corda, cordel, caruru Sarapatel, Saracura Sapo-boi em noite escura Moela, malhada e molejo, Artista, arpa e arpejo, Mato, mata em melodia Vida que vira poesia Na boca do sertanejo
Ari Pinheiro – Poeta de Jaguari/RS

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

SABIÁ NA LARANJEIRA

  • Sabiá na laranjeira Fez seu ninho pra morar Tempos depois Fugiu do seu lindo lar Deixando dois filhotes A lhe esperar Tempos depois voltou Vou levar meus filhotes Para cantar junto a mim Cantar para o nordestino Para o Brasil! Enfim Pois é feliz nesta vida Que vive para cantar Adeus! Voltarei um dia pra minha linda laranjeira! Com seu cantar lindo e saudoso Bateu asas para voar!
  • Lídia Pinheiro de Moura

Minha caneta, a enxada E vestimenta o gibão


O leite quente tomava
Seguia pra o roçado
Com o trabalho pesado
Meu corpo todo suava
Mas, de nada reclamava
Nesse reduto e torrão
O aboio era a canção
Pela garganta tocada
Minha caneta, a enxada
E vestimenta o gibão.
GLOSA: Francisca Araújo
MOTE: Silvano Lyra

Tristeza,paz,humildade Amores,ódios e medos



Minha mente é poluída
Igual o rio Tietê
Mas eu quero dizer
Que é extrovertida
A neurôniada é sortida
O cérebro tem segredos
Dentre alguns enredos
Safadeza,sonhos,seriedade
Tristeza,paz,humildade
Amores,ódios e medos.

Onde a arte da vida ao repente Enriquece a cultura do sertão



Um vaqueiro correndo atrás de gado
Um Riacho correndo para um rio
Onde a neve com o vento forma o frio
E um gram so nasce no molhado
Que das flores o mel e retirado
Pra manter a abelha inteligente
A rainha não sai do ambiente
Acasulando com o macho o zagão
Onde a arte da vida ao repente
Enriquece a cultura do sertão

Glosa j. Marley saraiva

Mote de Francisca Araújo 

MEMÓRIAS DE ONDE NASCI.


Santo antônio e uma cidade
De beleza escultural
Se procurar no nordeste
Não existe outra igual
Uma terra de valores
Por isso morro de amores
Por minha terra natal
Santo antônio agora tem
Empresa de todo porte
Gerando emprego e renda
O povo agora tem sorte
Alem de ser princesinha
Do rio grande do norte
Cheias de tantas magias
Santo Antonio sem ardil
Homenageou quem faz
Casamento no brasil
O santo casamenteiro
Que promove uniões mil
Sai da minha cidade
Com o coração partido
Quando doía no peito
Um sentimento contido
Por deixar a minha essência
Em plena adolescência
Rumo ao desconhecido
Ainda na minha infância
Eu adorava brincar
Nos arredores das pedras
Históricas do meu lugar
Onde a onça pulou
Hoje registrado estar
Oh querida princesinha
Que em mim estar presente
Terra de muitos artistas
De gente muito contente
De poetas cordelistas
Cada qual mais competente
Ao povo de santo antônio
Ofereço este cordel
Com muita felicidade
Por que fiz o meu papel
E digo com muito orgulho
Que sou filha de xexéu...
Minerva Gomes

EU SOU A TERRA DO ARROZ




Eu sou Várzea Alegre Antiga
Sou também a atual
Sou o terço da Formiga
Sou lapinha de natal.
Sou mestre Antônio tocando
Sou Dona Eliza educando
Sou festa de Aparecida.
Sou devoto que festeja
Sou novena na igreja
Sou nossa bandeira erguida.

Sou o pirão de traíra
Da lagoa do Serrote
Sou o beco de Gobira
Sou Eufrásio do Garrote.
Sou Varjota e Riachinho
Sou malota de Britinho
Sou cartório de Dudal.
Sou um menino pidão
Sou festa no calçadão
Sou jogo no Juremal.

Sou eleitor enganado
No tempo da eleição
Eu sou o serpenteado
Do riacho do feijão.
Sou matança sexta feira
Sou banho na Cachoeira
Sou a capela de Bíu.
Sou o telão de Salim
Sou os contrastes sem fim
Sou a torre que caiu

Sou agricultor cavando
A terra para plantar
Sou conterrâneo chegando
Com uma máquina de filmar.
Sou madeira do Rosário
Sou fumo de Belizário
Sou chuva de fevereiro.
Sou fiel na procissão
Sou primeira comunhão
Sou festa do padroeiro.

Eu sou o jardim florido
Da casa de Graziela
Sou o legume perdido
Numa seca que flagela.
Sou o alto do tenente
Sou rua de São Vicente
Sou bodega de Osmundo.
Sou produto desse chão
Sou a sétima geração
Depois de Papai Raimundo.

Eu sou o povo dizendo:
- Várzea Alegre é natureza!
Sou o machado descendo
Com água na correnteza.
Sou praça do motorista
Sou areia da Boa Vista
Sou queijo e baião de dois.
Sou salva do meio dia
Laranja da Vacaria
Sou a terra do arroz.


Mundim do Vale

GATO COME EM PRATO FRIO PATO SERVE EM PRATO QUENTE



Silvano passou pra mim
Eu não pude acreditar
Sem dar para comentar
E eu achei foi tão ruim
Digo que mesmo assim
Eu gostei desse repente
Mas fiquei bem contente
E me deu um arrepio
Gato come em prato frio
Pato serve em prato quente

mote de Silvano Lyra