sexta-feira, 28 de agosto de 2015

EU SOU A TERRA DO ARROZ




Eu sou Várzea Alegre Antiga
Sou também a atual
Sou o terço da Formiga
Sou lapinha de natal.
Sou mestre Antônio tocando
Sou Dona Eliza educando
Sou festa de Aparecida.
Sou devoto que festeja
Sou novena na igreja
Sou nossa bandeira erguida.

Sou o pirão de traíra
Da lagoa do Serrote
Sou o beco de Gobira
Sou Eufrásio do Garrote.
Sou Varjota e Riachinho
Sou malota de Britinho
Sou cartório de Dudal.
Sou um menino pidão
Sou festa no calçadão
Sou jogo no Juremal.

Sou eleitor enganado
No tempo da eleição
Eu sou o serpenteado
Do riacho do feijão.
Sou matança sexta feira
Sou banho na Cachoeira
Sou a capela de Bíu.
Sou o telão de Salim
Sou os contrastes sem fim
Sou a torre que caiu

Sou agricultor cavando
A terra para plantar
Sou conterrâneo chegando
Com uma máquina de filmar.
Sou madeira do Rosário
Sou fumo de Belizário
Sou chuva de fevereiro.
Sou fiel na procissão
Sou primeira comunhão
Sou festa do padroeiro.

Eu sou o jardim florido
Da casa de Graziela
Sou o legume perdido
Numa seca que flagela.
Sou o alto do tenente
Sou rua de São Vicente
Sou bodega de Osmundo.
Sou produto desse chão
Sou a sétima geração
Depois de Papai Raimundo.

Eu sou o povo dizendo:
- Várzea Alegre é natureza!
Sou o machado descendo
Com água na correnteza.
Sou praça do motorista
Sou areia da Boa Vista
Sou queijo e baião de dois.
Sou salva do meio dia
Laranja da Vacaria
Sou a terra do arroz.


Mundim do Vale

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