sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Eu também sou nordestino Do jeito que vocês são.


Montei cavalo sem cela
Levei queda de jumento
Andei em burrico lento
Montei em égua magrela
Me espinhei em favela
Me queimei em cansanção
Arranquei o couro da mão
Quando ainda era menino
Eu também sou nordestino
Do jeito que vocês são.

Glosa de Mandacaru  Verde
Mote:Ze Viola e Valdir

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Sou nordestino


Sou nordestino, não nego
Sou Arlindo, sou João Bá
Genaro, sou camarão
Sou o coroné caruá
Eu sou pife de taboca
Nas mãos de Zabé da loca
Tocando em Taperoá
(Hélio Crisanto)

terça-feira, 20 de outubro de 2015

canalhocracia


Toda canalhocracia
Que domina ainda a cena
Sua velha cantilena
Defender plutocracia
Casta porca com porfia
Prostituta na inverdade
A pregar a castidade
São arautos do fascismo
Sem moral sem moralismo
Pela imoralidade
ALLAN SALES

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

GENEALOGIA II



Meu Bisavô era turco
E a bisavó Albanesa
Meu avô Dinamarquês
A vovó era Francesa
Meu pai era Italiano
Que traçando bem seu plano
Casou-se com uma portuguesa
Eu nasci na Indonésia
Casei com uma Peruana
Cujo pai era Egípcio
Filho de uma Boliviana
O pai do meu sogro vinha
Fugindo então da marinha
Das terras Iraquiana
Meu filho nasceu em Tóquio
Casou-se lá no Japão
Com uma moça Afegã
Filha de um capitão
Que lutou no Vietnã
Casou-se com uma Alemã
E morreu no Paquistão
A minha filha mais velha
Que foi nascida na Grécia
Casou com um mercador
Que nascera lá na Pérsia
Morreu vendendo panela
Ela migrou pra Bruxela
Casou de novo na Suécia
A minha filha caçula
Nasceu em Montevidéu
Deu a luz a uma menina
Na cidade de Israel
E se mudou pra Toronto
Vou acabar ficando tonto
Pra terminar este cordel

Carlos Silva

Nem tudo é flores


Não me venha dizer: amor, sem ti
Minha vida está prestes a morrer!
Desculpinhas não colam, pois vivi 
Ao seu lado e senti o que é sofrer.
Foi de tanto apanhar que eu aprendi
Que não deve-se atrás de alguém correr.
Nos caminhos da vida me perdi
E me achar eu preciso pra viver.
Nesse lance de amar, meu coração,
Devagar ele vai, para depois
Não sofrer outra vez decepção.
Eu não vou condenar outros amores
Pelos erros que teve entre nós dois...
Porque sei que no amor nem tudo é flores!

Andrade Lima

domingo, 18 de outubro de 2015

80 ANOS DE VIDA LÍDIA PINHEIRO DE MOURA





Peço a Deus inspiração
Pra escrever nesse papel
Pra homenagear agora
Com as bênçãos lá do céu
Lídia Pinheiro de Moura
Agora nesse cordel

Em 18 de outubro
35 era o ano
Em Fontes terra potiguar
Por ordem do Soberano
Mas veio ligeiro ao Recife
Mudando todo plano

Recife sua terra
Enraizada no coração
Seus documentos estão escritos
Essa sua naturalização
Construiu a sua história
Nesse lindo rincão

Filha de Avelino Borges
E da Senhora Maria Pinheiro
Seus pais que ela amava
Com amor primeiro
Pois eles a educaram
A seguir o caminho verdadeiro

Eu agora vou lhes dizer
Só um irmão e uma irmã
Que lhes deu muito prazer
Assim era a sua família
Razão de seu viver

Em 1975
Sua vida então mudou
Com Severino José de Moura
Ela se matrimoniou
E ele foi um bom esposo
Que muito lhe ajudou


Era seu companheiro
Que ela muito amou
Passaram muitos anos
Que o tempo logo passou
Até que um certo dia
Deus seu esposo levou

Quando seu esposo
Chegou a falecer
Ficou muito triste
Foi grande seu sofrer
Mas Deus a confortou
Aliviando seu padecer

Muito sofrimento
Ela então padeceu
Ao lado da sobrinha
Mas não esmoreceu
Por ser temente a Deus
A vitória aconteceu

Hoje tem o conforto
Já com idade avançada
Vive bastante doente
E deveras cansada
Com um sorriso no rosto
Que a faz ser a amada

Morando com sua sobrinha
Rosemary Borges Xavier
Que lhes tem muito cuidado
Que a sua idade requer
Toda a atenção e carinho
Pra ela ser uma feliz mulher

No ano de 2013
Uma tristeza lhe abateu
Quando seu irmão Lídio
Inesperadamente faleceu
Aumentando a tristeza
No coração seu

Fazendo muitas poesias
Sem nenhum lamento
Glosando para a família
A todo o momento
Aliviando seu sofrer
E todo o seu tormento

Hoje aqui reunidos
Vamos todos celebrar
80 anos de vida
Com ânsia de cantar
Lídia Pinheiro de Moura
Viemos te parabenizar

Deus abençoe a aniversariante
Dando paz e muito amor
Que o Divino Pai Eterno
Nosso divino criador
 Lhe mande o Espírito Santo
Nosso divino consolador.

Autor: Israel Batista

DIA DO MÉDICO


O bom profissional
Da saúde, que é vital,
Não precisa ser o tal
Nem um gênio de doutor.
Basta ter senso normal,
Tornar-se amigo leal,
Ser combatente do mal
E aliviar sempre a dor.
Sávio Pinheiro

PARAIBANIZANDO



Rio do Peixe abençoado por São João
Rio Piranhas teu protetor é São José
Monte Horebe tua serra é um aviso
Deste povo bonito de Santa Fé
Cachoeira orgulho dos teus índios
Bom Jesus admirando as cajazeiras
Santa Helena com seu manto protetor
Em São Bento zelando as mangabeiras
No sinal da Santa Cruz santificada
Nesta terra germina a cultura
Com o brilho da luz de diamante
Ilumina no ser Boa Ventura
Pelos olhos a bendita Conceição
Alumia o povo d'uma vez só
Pelo vale que estende nesse olhar
Alcançando de Ibiara a Piancó
Paraíba teu reinado é infinito
Feito sonho reservado na capanga
E com nome tão duro feito pedra
Erigiu tua extensa Itaporanga
Em cor cinza eu vi a vegetação
E a espera por uma manhã chuvosa
Vi o riso estampado do teu povo
Pela fé e pela paz tão corajosa
Vi o símbolo que tremula tuas cores
Ao dizer "NÉGO", assumiu tua coragem
Com postura soberana se fez livre
Sem trair dos teus filhos bela imagem
No martelo ou na glosa do poeta
Neste berço que pariu o cantador
No ponteio do repente nordestino
Dedicado a ti com vasto amor
Sob o clarear da lua seresteira
Cá ti deixo Paraíba, sem vontade
Te levando num versar de cantoria
Preservando um sentimento de saudade

Carlos Silva o poeta cantador

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

JOSÉ SALDANHA UM GÊNIO ESQUECIDO




Pego agora na caneta
Pra escrever no papel
Pedindo a inspiração
Ao querido Deus do céu
Pra falar de Zé Saldanha
Em formato de cordel

Nascido no sítio Varas
No ano de vinte e três
No dia vinte e um de março
Pois foi naquele mês
Que seus pais agradeceram
Por tudo que Deus lhes fez

José Gonzaga de Oliveira
Seu nome na certidão
José Saldanha conhecido
Por toda a população
Pra história da cidade
Deixou sua contribuição

Luiz Gonzaga e Vicência
Os seus pais adorados
Que em toda a sua vida
Muito amor tinha devotados
Pegou todos os exemplos
E passou pros filhos amados

José era inteligente
Em tudo se destacava
Era muito irreverente
E de brincar então gostava
Mas era muito responsável
Nas coisas que praticava

Um gênio em sua época
O escritor assim falou
Nas páginas de um livro
O seu nome o exaltou
Zé Saldanha fez história
Mas ninguém dele lembrou

Na segunda guerra
Ele foi combater
Defendendo sua pátria
Com vigor pra valer
Lá aprendeu muita coisa
Pra desenvolver

Nossa cidade estava
Numa grande escuridão
Zé Saldanha vendo aquilo
Tomou uma decisão
Vou trazer a energia
Pra clarear nosso chão

Falou com Pedro Orelha
Pra trazer a energia
Que o povo da terrinha
Há muito tempo queria
A luz elétrica clareando
Para trazer a alegria

Pedro Orelha sem demora
O material comprou
Zé Saldanha muitos dias
Ocupado então ficou
Construindo aquela obra
E nada disso ele cobrou

Ele ficaria no encargo
Disso tudo então cuidar
Todo dia pela noite
O moto então ligar
Para que a população
Pudesse aproveitar

Ele também era chamado
Pra fazer a instalação
Da energia elétrica
A pedido do povão
Era um grande eletricista
Tudo fez com precisão

 Foi quando a prefeitura
Passou a comandar
E o motor da energia
Tava para se findar
Pois muito em breve viria
Paulo Afonso iluminar

Mas não foi só isso
Que ele então fabricou
Construiu muitas coisas
Que o povo adorou
Foi um grande cientista
Mas que nunca estudou

Ele construiu um rádio
Veja só que armação
Juntando peça por peça
Isto deu um trabalhão
Quando ele ficou pronto
Foi grande a animação

Muita gente então queria
Essa novidade olhar
Pois era a primeira vez
Que ouviria ele tocar
O povo fazia uma fila
Para o rádio escutar
  
O engenho movido a boi
Ele também modificou
O moto elétrico então
No engenho colocou
E o povo comentava
A modernidade chegou

A primeira máquina
De beneficiar algodão
Foi ele quem montou
Com muita dedicação
E as piladeiras de arroz
Passou por suas mãos

Foi também fotógrafo
Marceneiro e eletricista
Construtor, mecânico
E também maquinista
Várzea Alegre se esqueceu
Esse grande artista

Ele também foi pedreiro
O melhor da região
Fazia o tijolo e a telha
Tudo com perfeição
Fazia ripas e os caibros
Tava feita à construção

 Muitas coisas ele fez
Que não dar pra enumerar
Mas ficou na memória
Do povo do seu lugar
Desse grande artista
Que não irá se apagar

Sua esposa era conhecida
Por dona Felicidade
Viveu bastante feliz
Com ela na cidade
Era um amor perfeito
Sem nenhuma falsidade

Teve com ela os filhos
Com bastante amor
Elvira, Gisbete e José.
Presente do Criador
Educou a cada um
Com bastante rigor

Partiu pra Fortaleza
Distante do seu lugar
Pois sentia que sua missão
Ali tava pra se findar
Pois a cidade se modernizava
E dele não ia mais precisar

Lá montou um comércio
Pra viver em atividade
Curtindo a sua família
Com muita felicidade
Mas sempre recordando
A sua doce cidade

Dezesseis de outubro
Dois mil foi o ano
Que Deus nosso criador
Eterno e soberano
Chamou o nosso José
Pra morar em outro plano

Sua bondade era tanta
Transbordava em amor
Sua partida foi doída
Nos causou muita dor
Hoje está no paraíso
De nosso Deus Criador

Oh como foi triste!
Não gostamos de lembrar
Mas a sua hora chegou
De ir ao Pai se encontrar
No reino da oração
Onde iremos morar

 O José Saldanha foi
Um gênio esquecido
Várzea Alegre esqueceu
O seu filho tão querido
Merecia ser mais valorizado
E muito mais reconhecido

Governantes do meu lugar
Preste muita atenção
Não esqueça seus heróis
Falo com exatidão
Eles construíram a história
E aplainaram o vosso chão

Cumpri a minha missão
De no papel retratar
Falando de um homem
Que amou o seu lugar
Mas que é muito esquecido
Isso eu não posso aceitar

Infinitas saudades
Sentiremos palpitante
Relembrando sua pessoa
Amável e cativante
Ele partiu para a glória
Lembraremos a todo instante


 ISRAEL BATISTA

*Hoje dia 16 de outubro faz 15 anos de seu falecimento e esse poema faz parte do meu cordel JOSÉ SALDANHA UM GÊNIO ESQUECIDO

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

POESIA COM P

Prezados professores presentes parabéns pelo preparo paciente, polido, pacificador, pela perseverança polivalente, pactuando propostas postulando preciosos poderes, preparando próximos pensantes. Para poder publicar poesia, preciso primeiro pensar, padronizar perfis poéticos puros, pelejando, palmilhando, possuindo propagação preparatória, passeando pelas possíveis probabilidades. Procurar por palavras prazerosas, preservar pretéritos, passar por preliminares palpáveis, pronunciar politicamente perfeito prefácios português, preservando-o publicamente, pois pequenas pendencias, podem proferir prejuízos pecando pelo procedimento profundo. Pegar pedaços proveitosos, purificar poemas prescrevendo passagens primaveris, privando pela pontuação primitiva... prosseguindo.

Carlos Silva

domingo, 11 de outubro de 2015

FORRÓ ESTILIZADO


O forró estilizado Imoral veem o defeito O forró de pé de serra Sensual lindo é feito Pé de serra eu asseguro Você dança de pau duro Dentro do maior respeito
ALLAN SALES