quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CAÇUÁ DE MUNGANGAS





Eu falei com o bom senso
Sobre a música brasileira,
Ele falou que é besteira
O que se diz ser intenso.
A falta de um contrassenso
É a nossa penitência.
Se o rádio sofre influência,
Eu o ouço muito triste;
COISA BOA AINDA EXISTE,
O QUE FALTA É AUDIÊNCIA.

Ouvidos bons não têm mais
Nem ouvintes persistentes,
De mentes inteligentes
Como os nossos ancestrais.
Nunca imaginei, jamais,
Que a música fosse à falência.
Diante dessa indecência
Xico Bizerra persiste;
COISA BOA AINDA EXISTE,
O QUE FALTA É AUDIÊNCIA.


Eu ouvia Zé Ramalho,
Fagner, Jackson do Pandeiro,
Asa Branca, Boiadeiro,
Hoje, sempre me atrapalho.
Procuro achar um atalho
Para acatar toda a essência.
Grito aos céus com veemência:
– Dominguinhos, tu partiste?
COISA BOA AINDA EXISTE,
O QUE FALTA É AUDIÊNCIA.

Sávio Pinheiro

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

SHAOLIN (O Humorista Paraibano)


.

Quantos risos roubastes com a graça
Do seu dom humorístico em cada show?
És, SHAOLIN - O palhaço que brincou
E fez rir muita gente até de graça!
.
As piadas estão em toda praça
E SHAOLIN nos lugares que passou,
Deixou marcas do humor e eternizou
O sorriso que tanto nos enlaça!
.
Os demais humoristas o esperava
Para o show que no céu Deus programava
Na chegada de quem deixou saudade!
.
Vamos todos sorrir! Pra que chorar?
Se SHAOLIN sorridente foi voar
E morar nos salões da eternidade!
.
Andrade Lima.

ZABÉ DA LOCA


Salve a rainha da loca
Essa bela princezinha
Que tirou de uma taboca
Todo o som nela tinha
E ainda guardou saúde 
Pra beber uma cachacinha...


Zelito Nunes 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

SERTANEJA, SIM SENHOR!


*
Sabia que era arisco
Aquele fogoso alazão.
Resolvi correr o risco,
Sem medo de ir ao chão.
Peguei chicote e espora
Montei no bicho na hora
Sem medo ou indecisão.
*
Ele quis titubear,
Mas cutuquei do meu jeito.
Peguei firme nas rédeas,
Pois me achei no direito.
E sob o meu comando
Obedecendo meu mando,
Ele foi quase perfeito...
*
Inda quis se rebelar,
Mas de nada adiantou.
De seus movimentos bruscos
Minha mão se encarregou.
Fui feliz na maratona,
Mostrei quem era a dona.
E ele se conformou.
*
Do que compro e pago caro,
Retorno eu sempre quero.
A manha, birra e coice,
De fato eu não tolero.
Do cavalo eu não caio
Só tenho medo de raio,
No resto eu acelero.
*
Bicho que eu não domino,
Confesso não dou guarida,
O meu sangue nordestino
É que me faz aguerrida.
Eu só não sou cangaceira,
Por ser metida a faceira,
Porém sou bem atrevida.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda

sábado, 9 de janeiro de 2016

DESAFIO DE TEIXEIRINHA COM GILDO DE FREITAS NO CÉU



Prezado leitor eu quero
Narrar o que aconteceu,
Pois tive um sonho bonito
E que até me comoveu,
Foi quando seu Teixeirinha
Em dezembro faleceu.

Era quatro de dezembro,
No final de oitenta e cinco
Que Teixeirinha morreu
E vou falar com afinco
Da sua chegada ao Céu,
Pois com a morte não brinco.

E chegando ao Reino Eterno,
Viu muitas almas eleitas,
Que viviam lá no Céu
Felizes e satisfeitas,
Mas sua grande emoção
Foi rever Gildo de Freitas.

Gildo revendo o colega
Foi dando o seguinte aviso:
- Teixeirinha vem chegando
Pra viver no paraíso.
E com ele vou fazer
Muitos versos de improviso.

Depois de vários aplausos,
Os cantores se abraçaram
E os anjos de Deus em coro
Diversos hinos cantaram
E no final da festança
Os trovadores trovaram.

Teixeirinha:
Compadre Gildo de Freitas
À tempo que não lhe via,
Agora lhe vejo aqui
Refazendo melodia,
Mas sem estar do meu lado
A mente fica vazia.

Gildo de Freitas:
A mente fica vazia,
Mas sem talento não fico,
Tenho memória de sobra
Pra derrubar um nanico,
Hoje o pobre Teixeirinha
Vai logo pedir penico.

Teixeirinha:
Vai logo pedir penico,
Gaúcho bom não se entrega,
Portanto vou lhe avisar
E preste atenção, colega:
Quero lhe dar uma surra
E lhe esfregar na macega.

Gildo de Freitas:
E lhe esfregar na macega,
Seu verso saiu assim,
Mas coitado do vivente
Que quiser pisar em mim,
Pois antes do sol nascer
Acabo lhe dando um fim.

Teixeirinha:
Acabo lhe dando um fim,
Acho bem difícil isso,
Venho do planeta terra,
Deixei por lá compromisso
Para vir trovar contigo
E terminar o serviço.

Gildo de Freitas:
E terminar o serviço,
Nos olhos tu tens um véu,
Pois não sabes que morreste
E vieste morar no Céu,
Perder pro Gildo de Freitas
Que vai levar o troféu.

Teixeirinha:
Que vai levar o troféu,
Só que seja de palhaço,
Pois outro não tem pra ti
A não ser o seu fracasso,
Trovando com Teixeirinha
Encontra força no braço.

Gildo de Freitas:
Encontra força no braço,
Mas pode crer não desisto.
No Rio Grande a trova existe,
Somente porque eu existo,
Por isso que lá na terra
Diversos fãs eu conquisto.

Teixeirinha:
Diversos fãs eu conquisto,
Na terra também trovei,
Lá no Rio Grande do Sul
Contigo já disputei,
Até fui perdendo a conta
Das trovas que já ganhei.

Gildo de Freitas:
Das trovas que já ganhei,
Ganhaste só de mulher,
De mim tu não ganhas trova
E venha donde vier,
Jamais costumo perder
Para gaúcho qualquer.

Teixeirinha:
Para gaúcho qualquer,
Gaúcho que é bom de rinha,
Em verso agora lhe peço
Não meta com Teixeirinha,
Pois eu trago meu facão
Aqui preso na bainha.



( José Heitor Fonseca e Zeca Pereira)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

CAMINHO DOS SABERES E SABORES DA NOSSA TERRA.


Esse cordel vai falar
De saberes e sabores,
Sabores da culinária
Saberes dos escritores.
Uma mesa de fartura,
Um espaço de cultura
Para os amigos leitores.

Saberes:
Saberes de Várzea Alegre
Nossa terra promissora,
De Dona Elisa Correia
Que foi ótima professora.
Sem contraste ainda tinha,
A pequeninha Dozinha
Nossa boa educadora.

Foi Edmilson Martins
Conhecido de vocês,
Que por não ter um apoio
Pouco estudou português.
Mas com muita paciência,
Munido de persistência
Foi professor de inglês.

Na arte de improvisar
Não falta bom violeiro,
Tem o poeta Rosendo
Do improviso certeiro.
Que conta com a companhia,
Da segura parceria
De Expedito Pinheiro.

Teve o poeta Bidim
Na arte de improvisar,
Tem Ildefonso Vieira
Na arte de desenhar.
Joaquim Ferreira da terra,
Saiu para a Inglaterra
E lá foi comunicar.

Para escrever um folheto
Não falta bom cordelista,
Tem Gilberto de Zaqueu
E o bom Israel batista.
Para um cordel de saúde,
Doutor Sávio tem virtude
Pra completar essa lista.

José Felipe Afamado
Com a sua capacidade,
Deu carona a nossa terra
Sem faltar com a verdade.
Com o seu jeito gentil,
Viajou pelo Brasil
Com os valores da cidade.

O vate souza Sobrinho
Poeta conservador,
Acumula na cabeça
Muito saber e sabor.
Quando se zanga ele grita,
Mas faz o verso e recita
Com a pitada de humor.

Nosso bom Zé Clementino
Não foi um Zé simplesmente,
Foi atender um chamado
Mas fez muita falta a gente.
No céu faz composição,
Pra Luís rei do baião
Cantar para São Vicente.

O Cláudio Souza é poeta
É ventríloquo e locutor,
Pesquisador da história
Apologista e cantor.
Se alguma criatura,
Quiser saber de cultura
Cláudio Souza é professor.

Na música Nonato Souza
Tem o ritmo de herança,
Toca zabumba e pandeiro
Desde o tempo de criança.
Mas se sobrar tocador,
Ele enrola o promotor
E vai dançar, rala pança.

O escritor Padre Vieira
Que defendeu o jumento,
Fez a defesa no livro
Na igreja e no parlamento.
Morreu levando a certeza,
De registrar a defesa
No santíssimo sacramento.

Os contadores de causos
Vão da noite pra manhã,
É assim com Nicolau
E o professor Ossian.
Dr. Flávio Cavalcante,
Conduz o Blog atuante
Pedra de Clarianã.

Todo final de semana
Tinha festa na ribeira,
O povo se reunia
Nos dias de sexta feira.
Acendia os candeeiros,
Para ouvir dois violeiros
Num banco de aroeira.

Pedro Piau e Acelino
Fizeram uma edição,
Que vem de Papai Raimundo
Até nossa geração.
No livro foi destacado,
Os valores do passado,
Política e religião.

Mas não foi um conterrâneo
Que fez a maior grandeza,
Foi Manoel Cachacinha
Bebendo de mesa em mesa.
Dizia de bar em bar,
Pra quem quisesse escutar
Várzea Alegre é natureza.

Sabores:


Alimento natural
Tem de tudo e mais um pouco,
No mato tem mel de abelha
Que se colhe até em toco.
Da serra vem jatobá,
Vem pitomba, araçá
E até rosário de coco.

O composto do sabor
É feito mesmo com a mão,
É só misturar farinha
Com o cozido de feijão.
Depois de bem misturado,
Com o feijão machucado
É só fazer capitão.

Na festa do padroeiro
Não faltava o aluá,
Era a moeda na mão
E a garrafa pra cá.
No café de Domicilia,
Meu povo fazia fila
Pra comer o mungunzá.

Na manhã era servido
Um ponche de abacaxi,
No almoço baião de dois
Temperado com piqui.
No jantar um pão sovado,
Um ovo bem estrelado
E manteiga benteví

Quem tem dente não dispensa
Um bom roleto de cana,
Não precisa mestre-cuca
Pra doce de cajarana.
Não teve lá um cristão,
Que não gastasse um tostão
Com o alfenim de Santana.

Me digam quem não provou
Nossa boa malassada,
Quem não conhece o sabor
Que tem numa panelada.
Quem não viu numa tigela,
Picadinho de moela
E do lado uma buchada.

Quando chegava o natal
Na casa da minha avó,
Tinha sequilho, manzape,
O chouriço e o pão-de-ló.
Quando era dia de feira,
Tinha lá em Zé Pereira
Um caldo de mocotó.

Raimunda Preta fazia
Espécie de gergelim,
Dona Santana vendia
Mercados de alfenim.
No meu tempo a meninada,
Misturava na calçada
Rapadura e amendoim.

O arroz era escolhido
Pra fazer baião de dois,
Com nata queijo e manteiga
E o cheiro verde depois.
Meu povo nunca negou,
Que foi Deus quem ensinou
A fazer pão de arroz.

A papa de carimã
Minha mãe sempre fazia,
Pros maiores o escaldado
Era todo santo dia.
A coisa que eu estranhava,
Era quando alguém falava
Em tira-gosto de gia.

Gerônimo de Expedito
Bota leite no angu,
Quando vai na farinhada
Come um quilo de beiju.
Chega o final de semana
Ele vai para a Caiana
Pra comer peba e tatu.

Uma coisa de hoje em dia
Que acho muito esquisito,
É que a nova geração
Só quer merendar xilito.
No tempo que eu estudava,
A gente só merendava
Um pão doce ou pirulito.

Num dia de aniversário
Tinha galinha caipira,
Quando chegava visita
Era servido traíra.
Se um menino tava rouco,
Podia tomar um pouco
De um mel de jandaíra.

Quando se abatia um porco
Toda carne era salgada,
O rabo e as orelhas
Ficavam pra meninada.
Vinha vizinho ajudar,
Para um pedaço ganhar
Mas ficava era, sem nada.

Falei aqui do passado
Pra registrar os valores,
Mas no presente também
Tem saberes e sabores.
Nossa terra hoje em dia,
Já possui academia
De poetas e escritores.

Quem leu o nosso cordel
Pode fazer um palpite,
Se gostou da culinária
Aqui vai o meu convite.
Vá em Várzea Alegre um dia,
Pra vê a gastronomia
E tenha um bom apetite.

Mundim do Vale

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O BEIJO DELA


O BEIJO DELA E MEU
O MEU BEIJO JÁ É DELA
ELA NÃO VIVE SEM EU
E NÃO VIVO SEM ELA.

DIOSMAM AVELINO.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

DENISE CARDOSO, UMA VIDA DE LOUVOR



Deus em sua bondade
Venho em oração
Pedir-te humildemente
A vossa inspiração
Para em versos descrever
Com toda emoção

Denise Cardoso é o nome
Dessa minha homenagem
Essa cantora que muito louva
Nos trazendo uma mensagem
Para nos prepararmos para o dia
Da nossa grande viagem.

Todo ser que respira
Deve louvar ao Senhor
Assim foi na vida
Dessa serva com amor
Denise assim permanece
Numa vida de louvor

No ano de sessenta e quatro
Veja só o que aconteceu
Na casa de João e Deises
Uma menina então nasceu
Uma bênção vinda do céu
E a alegria no lar cresceu

Sua mãe logo notou
Da missão que ela trazia
Pois desde muito cedo
Cantar ela sempre queria
Ser uma levita do Senhor
Todos ao redor percebia

Com quatro de idade
Ela começou na igreja cantar
Às vezes subia na cadeira
Para o povo lhe enxergar
Maravilhando todos que ouviam
Seus lindos hinos a entoar

Na boca dos pequeninos
Saem o perfeito louvor
A criança tem um coração puro
E não tem nenhum rancor
Seus lábios saem fluindo
Melodias repletas de amor.


Aos dez anos de idade
Ela venceu um festival
Com isso gravou um LP
Que foi sucesso nacional
Confiando Vencerei
Uma alegria sem igual

Seu pai então faleceu
Antes do disco dela sair
Ela ficou muito triste
Isso não lhes fez sucumbir
Isso lhes deu mais forças
Para em frente prosseguir

Viajou pelo Brasil todo
Para o LP divulgar
Sua mãe uma ex-freira
Seu testemunho a contar
E cada dia aumentava mais
O povo para lhe escutar.

Durante doze anos
Viajou sem parar
Com a sua mãe querida
Pro seus LPs divulgar
E muitas almas pra Cristo
Ela conseguiu ganhar

Aos quinze anos de idade
Disco de ouro ela ganhou
Mas todo aquele sucesso
Com isso ela não se exaltou
Pois tudo que ela fazia
Entregava ao nosso Senhor

Por causa desse disco
A imprensa lhe homenageou
A revista VEJA e a MANCHETE
Em suas páginas divulgou
Com isso em todo o Brasil
No seu nome muito se falou

Aos vinte dois anos
Ela então se casou
E com isso a sua vida
Rapidamente mudou
E ele ao seu lado
Em sua missão se engajou

Os dois viajavam muito
Cumprindo a missão
Que Deus deu a Denise
O da evangelização
Ela com o seu louvor
E ele com a pregação

Com um ano de casados
Deus veio lhes abençoar
A sua primeira filha nasceu
Para seu lar alegrar
Diwlay assim foi registrada
A primogênita do lar

Nos seus vinte quatro anos
Ela hoje nem quer lembrar
Sofreu um gravíssimo acidente
E a morte veio lhes visitar
Vinte meses em recuperação
Mas Deus veio lhes restaurar

Teve morte cerebral
Sua vida ali se acabava
Voltou a viver em seguida
E imóvel ali ela ficava
Dez meses numa posição só
Só lamento ali ficava

Estava então escrito
Que ela jamais voltaria a andar
Ficaria numa cadeira de rodas
Até o Senhor lhes chamar
Mas Deus lhes abençoou
E de muletas já estava a caminhar

Mas a medicina lhes afirmou
Que filhos ela não poderia ter
Agradecesse muito ao Senhor
Pela a vida lhes conceder
Mas quem serve a um Deus
Só espera vitórias acontecer

No ano de noventa e cinco
Um milagre aconteceu
A sua filha Mayanne
 Nesse ano nasceu
E ela com seu esposo
A Deus muito agradeceu.

Voltou andar normal
E a não parou de cantar
Agora ela tinha mais motivos
Para a Deus então exaltar
Ele lhes deu grande livramento
Que não tinha como pagar

Sua filhinha Mayanne
Com ela vive a cantar
Já gravou dois CDs
Nas viagens vive a acompanhar
Ela é a filha da promessa
Um presente sem par

Em dois mil e quatorze
Ela então completou
Cinquenta anos de idade
E muito se comemorou
Quarenta e sete anos
De muitíssimo louvor

Ainda hoje ela viaja
Pelo mundo a louvar
Levando Cristo ao povo
Que vive no mundo a vagar
A sua voz suave sempre entoa
Um canto para nos alertar

Que breve Jesus Voltará
Prepare-te meu irmão
Para nesse dia poder subir
Com os escolhidos de Sião
Seja um crente bastante fiel
 Que receberás o seu galardão

Feliz serás eu, você e Jesus,
Grande amigo vivendo o amor
Nos segura pela mão Pai
Na rocha do Senhor
Veremos o Rei Jeová
No Lar de amor. *

Se em teu viver
Existe um vazio
E vives em pecado
Num mundo sombrio
Não chores meu amigo
Cristo aquece o eu frio

Assim é o recado
De Denise pra te alertar
Nas letras dos seus hinos
Você pode então notar
Um convite à conversão
 Pois Cristo quer te salvar

Ao ouvir Denise cantar
Sinto a presença do Senhor
Seus hinos são um bálsamo
De mui rico esplendor
Sua voz alivia a nossa alma
E nos transmite muito amor.

Mais de quarenta anos
Na estrada a louvar
Muitas lutas já passou
Mas Deus veio lhe ajudar
Com isso só podemos
A Deus sempre exaltar

Agradeço nesse momento
A todos que vieram a ler
Esse pequeno cordel
Que eu pude escrever
Que o povo de Deus
 Denise não venha esquecer

*todo o estrofe foi escrito com títulos de hinos de seus LPs.


VISÃO!


Quem só confia nos olhos
Nunca soube o que é Visão!
Sim, Visão! Não a das lentes,
Mas, a da compreensão!
Visão de sabedoria
Visão de filosofia
Visão honesta e segura
Que mesmo sem propaganda
Abre espaço pra quem anda
Sonhando a vida futura.
Essa Visão a qual falo
Transcende a realidade
Não se resume por causa
Da falta de claridade.
“Quem só vê pela retina”
Pode ter uma cortina
De influências duvidosas
Tapando a Visão da mente
Sendo escravo e dependente
De opiniões perigosas.
Essa Visão que eu expresso
É mais que distinguir cores.
Avalia os fundamentos
De críticos e pensadores.
Não se abstém da cultura
Não alardeia a censura,
Mas exorta a liberdade
Sem preconceito em seus atos
Pra equilibrar os pratos
Da balança da igualdade.
Visão, não tem longo alcance,
Sem LUZ no seu epicentro.
Pra ver de dentro pra fora
Mais que de fora pra dentro.
As polêmicas acadêmicas
Vê, como as outras polêmicas...
De mil interpretações.
Já que cálculo não desfaz,
As qualidades morais
Das suas convicções.
A falta dessa Visão
Deixa o povo acostumado
A andar de olhos abertos
Com pensamento fechado.
Por isso, é que a raça humana
Tá muito mais desumana.
Nas suas ações brutais
Assim a dádiva da vida
Está sendo destruída
Por coisas materiais.
Projeta quem tem Visão
E realiza quem tem mais.
Dividindo duas classes
Uma na frente, outra atrás.
Eu não alimento o ego
Com um cego, guiando um cego,
E com muita gente cegando.
É fácil de aparecer
Um bom da vista, sem ver.
E um ruim da vista, enxergando.
Quem não tem essa Visão
Acha até que é um delírio
Por que não consegue tê-la
Com óculos nem com colírio.
Microscópio não conserta
E telescópio não oferta
Essa visibilidade
Que essa Visão é interna
Nem você mesmo governa
Sem ter sensibilidade.
Meu medo é notar que o mundo
Não quer conscientizar.
Por isso "os que nascem cegos
Vão morrer sem enxergar".
Se o Presente é obscuro
Eu imagino o Futuro
Onde as pessoas se odeiam
Faça uma reflexão,
Peça a Deus, abra a Visão,
Que assim as coisas clareiam.
Autoria: Jonas Bezerra

COISA DE DOIDO


SOU DOIDO PELA DOIDICE
DOS DOIDOS QUE VAGA MUNDO
DOIDO QUE ENDOIDA TUDO
DOIDO MEIO MORIBUNDO
SOU DOIDO, DOIDO CONTENTE.
DESSES DOIDOS DIFERENTE
RIMANDO COISAS DO MUNDO.
SOU DOIDO PELA MUDANÇA
DESSE MUNDO ENDOIDADO
JÁ FIQUEI FOI MESMO DOIDO
DE TANTO VER DOIDO ERRADO
DOIDO QUE SÓ FAZ O MAL
DOIDO DA CARA DE PAU
MERGULHANDO NO PECADO.
É TANTO DOIDO QUE VEJO
DOIDO MUITO AMALUCADO
DOIDO QUE SE FAZ DE SANTO
DOIDO QUE SÓ VOTA ERRADO
DOIDO SÓ QUERENDO O VOTO
DIZENDO QUE É DEVOTO
ENGANANDO UM COITADO.
TO DOIDO, DOIDO PIRADO.
CHEGA DE TANTA DOIDEIRA
DOIDO METIDO A POETA
RIMANDO NO MEIO DE FEIRA
DE DOIDO O MUNDO É CHEIO
EU TAMBÉM ESTOU NO MEIO
SOU DOIDO DE VIDA INTEIRA.
É DOIDO REZANDO O TERÇO
TEM DOIDO ATÉ PASTOR
DOIDO VELHO PAI DE SANTO
DOIDO QUE É PROFESSOR
DOIDO QUE ROUBA A GENTE
DOIDO POLÍTICO INDECENTE
TEM DOIDO QUE É DOUTOR.
DOIDO QUE RASGA DINHEIRO
TEM DOIDO QUE COME BOSTA
DOIDO DESSE TIPO ASSIM
SE TIVER EU FAÇO APOSTA
SÓ TEM DOIDO ESPERTO
DOIDO QUE SE FAZ DE CERTO
E APUNHALA PELAS COSTA.
É TANTO TIPO DE DOIDO
QUE NÃO QUERO NEM FALAR
DOIDO QUE DORMI NA RUA
POR NÃO TER ONDE MORAR
DOIDO QUE TOMA CACHAÇA
DOIDO QUE LEVA NA GRAÇA
SUA VIDA SEU PENAR.
DOIDO QUE JOGA NO BICHO
DOIDO QUE O BICHO DAR
DOIDO SEM LIGAR PRA NADA
DOIDO QUE SÓ QUE FICAR
DOIDO LOUCO MATEMÁTICO
QUE SE TORNA ANTIPÁTICO
E SÓ FAZ É IRRITAR.
TEM DOIDO QUE NÃO SE ASSUME
TEM DOIDO BEM ASSUMIDO
DOIDO QUE VIRA A CASACA
DOIDO MUITO ENXERIDO
DOIDO QUE MUDA DE SEXO
E NÃO FICA NE PERPLEXO
MUITO MENOS DEPRIMIDO.
DEIXO AGORA UM ABRAÇO
PARA A TURMA DE DOIDÃO
DOIDO QUE CORRE NO MATO
DERRUBANDO BARBATÃO
DOIDO QUE ENFRENTE TUDO
DOIDO CEGO, SURDO E MUDO.
TENHAM PAZ E UNIÃO.
SEJA SEMPRE DOIDO BOM
E NÃO SEJA MALFEITOR
SEJA UM DOIDO CONSCIENTE
DOIDO QUE PREGA O AMOR
SEJA DOIDO EM COMUNHÃO
DOIDO QUE AMA O IRMÃO
DOIDO SÁBIO NO SENHOR.

DIOSMAM AVELINO