segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Na Alegria ou na dor


Mesmo que não haja fruto na videira
Mesmo que não haja flores no jardim
Até mesmo que a figueira não floresça
Nem chova na terra nem a erva cresça
Há um Deus no céu olhando para mim
O que eu não posso é ficar calado
Estando feliz ou mesmo atribulado
Ainda louvarei seu nome mesmo assim


REFRÃO (2x)

Eu louvarei ao Senhor
Na alegria ou na dor cantarei
Ele é o meu salvador
Ele é o meu Senhor,
Ele é Rei


Mesmo que o fruto da figueira minta
Mesmo que não haja chuva sobre a terra
Mesmo que não haja ovelhas no curral
Mesmo que na terra sobrevenha o mal
Louvarei a Ele na paz ou na guerra
Louvarei seu nome enquanto viver
E quando aqui na terra eu desaparecer
Nem mesmo assim o meu louvor encerra


REFRÃO (2x)

Eu louvarei ao Senhor
Na alegria ou na dor cantarei
Ele é o meu salvador
Ele é o meu Senhor,Ele é Rei


Parte Instrumental


REFRÃO (2x)

Eu louvarei ao Senhor (Eu louvarei ao Senhor)
Na alegria ou na dor (Na alegria ou na dor)
Cantarei (Cantarei, cantarei)
Ele é o meu salvador (É, ele é meu salvador)
Ele é o meu Senhor,
Sim, ele é Rei


Chagas Sobrinho

TINHA UM PENALTI



Prometi um poema pro Zico, um dos maiores que a bola já conheceu. Ei-lo, surrupiado ao Drummond: um dos maiores que a palavra já conheceu.

No meio da Copa tinha um pênalti
Tinha um pênalti no meio da Copa*
Tinha um pênalti
No meio da Copa tinha um pênalti

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na lida de minhas chuteiras tão consagradas
Nunca me esquecerei que no meio da Copa
Tinha um pênalti
Tinha um pênalti no meio da Copa
No meio da Copa tinha um pênalti

Mas a vida não se resume a um pênalti
Vai, Zico! ser craque por todo o sempre

*Copa do Mundo de 1986, no México

(Dedicado a AL-Chaer, craque de Goiânia)

Autor (Pedro Ramúcio - perna de pau de Valadares)

http://pedroramucio.blogspot.com/

domingo, 28 de fevereiro de 2016

TRIBUTO A PADRE ADAUTO ALENCAR


Todos nós que conhecemos
Começamos a lamentar
Pela dolorosa partida
Desse que vivia a pregar
O amor ao nosso próximo
E seu nome eu vou falar

Nascido em Campos Sales
trinta e oito foi o ano
Veio com uma missão
Imposta pelo soberano
Levar a palavra de salvação
Foi esse de Deus o plano

Ele cumpriu muito bem
Não podemos negar
Na vida pregou o amor
E a paz em cada Lar
Descanse em paz reverendo
Padre José Adauto Alencar

Israel Batista

HOMENAGEM A MUNDINHA CANCÃO


Você se foi
Nos deixando saudades
Em nosso peito invade
Uma triste recordação
Fica a dor no coração
De sua inocente pessoa
Era uma boa pessoa
Não temos como negar
Jamais iremos deixar de lembrar
Mundinha Cancão
Foste ao reino da oração
Pra sempre iremos lhes recordar.
Israel Batista

MINHA TRILHA



Para meu Pai João de Sá Barrêto



Eu me viro com os versos de Pessoa
Nos de Quintana eu pareço um menino,
Patativando canto prosa só da boa,
Com João do Vale ouço o tocar do sino.

De Dante lembro o ranger da agonia,
Já com Vinicius brota a suavidade,
Com Jessier danço a nova sinfonia,
Mas de Baleiro, ganho a realidade.

Para Maria eu recordo o seu cordel
Giro o tempo procurando carrossel,
Trilhando o rumo do poeta da razão.

Da sua voz vem o tom da melodia
Na sua lira a mais prefeita poesia,
Se sou Barrêto, o meu pai é o João!


Samuel Barrêto

sábado, 27 de fevereiro de 2016

LIVRO "MOMENTOS" - ISRAEL BATISTA

 Esse livro foi minha estréia nas letras, um grande sucesso de vendas, ele tem estilos variados de poesias, que faz dele uma leitura gostosa e prazerosa, grandes celebridades já adquiriram esse livro, vejam dois deles.

Victor Fasano com um exemplar

Dedé Santana também com meu exemplar.

Hoje ele está esgotado, mas muitas pessoas aplaudiram esse meu trabalho de estréia, se conhecerem alguém que tenha adquirido ele, não deixe de ler. Esse trabalho foi patrocinado pela CAVA (Clube dos Amigos de Várzea Alegre) na pessoa do advogado Raimundo Luis da Silva.


O DONO DO MUNDO


EU PERGUNTEI
PRO DONO DO MUNDO
SE SOU ORIUNDO
... DO SEU PEDIGREE

ME RESPONDEU
TENHA CONFIANÇA
MINHA IMAGEM E SEMELHANÇA
DERAM ORIGEM A TI

ME DISSE AINDA
NUMA REPRIMENDA
POR FAVOR, APRENDA
TUDO QUE PEDI

E AMANDO AO PRÓXIMO
COMO A TI MESMO
ENTRARÁS NO REINO
QUE TE PROMETI

CRIEI O MUNDO
E TUDO ERA TREVAS
MAS TINHA RESERVAS
E CRIEI A LUZ

E PRA SALVAR O HOMEM
QUE LÁ TANTO ERRA
NA FACE DA TERRA
EU MANDEI JESUS

Tiburcio Bezerra

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

O BICHO HOMEM



Que bicho é o homem
de onde ele veio
para onde vai?
Onde é que entra
de onde é que sai?

Que raio lhe acende
a chama da fúria?
O que é que sobra
da cesta básica
de sua penúria?

Que bicho é o homem
do que se enfeita?
Que mão o ampara
no chão de enigmas
em que se deita?

Que bicho é o homem
que mama no seio
da reminiscência?
E que embala a morte
em seu devaneio?

Que bicho é esse
que carrega o fardo
de uma dor medonha?
Que sucumbe ao charco
mas ainda sonha?

Que bicho vagueia
na treva hedionda?
Que pantera esguia
será mais veloz
do que a própria sombra?

O homem que tece
as malhas da lei.
Que bicho é o homem
que transforma em pêssegos
as fezes do rei?

Que bicho é o homem
que ama e desama
que afaga e magoa?
E que às vezes lembra
um anjo em pessoa?

O homem que vai
para a eternidade
num saco de lixo.
Que bicho é o homem
de salário fixo?

Que bicho é o homem
que trapaceia?
Que às vezes pensa
Que é mais brilhante
do que a papa-ceia?

Que bicho é esse
que escreve as vogais
das cinzas do pai?
-- De onde ele veio
e para onde vai?

Que bicho é o homem
que se interroga?
léguas de volúpia
sonhos e utopias
tudo se evapora?

Que bicho é o homem
de argila e colostro
que lavra e semeia?
mas só colhe insônias
em lavoura alheia?

Os rastros do homem
no vento ou na água
são rastros de fera.
Mas que bicho é esse
que se dilacera?

O homem suplica
os deuses concedem.
Que bicho é o homem
que sempre regressa
às praias do Éden?

Que bicho é o homem
que escreve poemas
na aurora agônica
e depois acende
a fogueira atômica?

Que bicho te oferta
um ramo de rimas
e à sombra dos mortos
semeia gemidos
por sete Hiroximas?

Que bicho te espreita
aos olhos dos becos
onde os cães insones
mastigam as sombras
dos antigos donos?

Que bicho é o homem
que rasteja e voa
que se ergue e cai?
-- De onde ele veio
e para onde vai?

Que bicho é o homem
de onde ele veio
e para onde vai?
Onde é que entra
de onde é que sai?


FRANCISCO CARVALHO

ANJO TORTO



O meu Papai Noel não carrega um saco
o meu anjo da guarda, não anda voando
o meu cupido não sabe atirar de flexa
... meu beija-flor não tem pressa,
nem anda beijando

a minha estrada nunca teve asfalto
o meu suor não tem sudário pra enxugar
o meu cansaço não vem das ladeiras
nem vem da poeira
do meu caminhar

minha democracia desconhece o povo
a minha mesa não é pra botar comida
meu hospital não cura doente
não cuida da gente
não protege a vida

o meu anzol nunca teve isca
minha comida nunca teve sal
e o meu voto tá cheinho de defeitos
nunca produziu efeitos
sempre votei mal

o meu País, nunca falou sério
o meu País é danado por imposto
tudo que ganho com o tremor dos meus braços
meu País leva um pedaço,
e só me dar desgosto.

a minha Pátria, não é Pátria mãe gentil
a minha Pátria, não me deu futuro
quem me protege é um anjo torto
parecendo um morto,
no seu mundo escuro

Tibúrcio Bezerra

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

PASSARADA



Fico muito encantado
Com o canto do bem-te-vi
E me fascina muitíssimo
A velocidade do colibri
E não me canso de escutar
O canto mavioso da juriti

É lindo o amanhecer
No meu sertão
Ouvindo a passarada
Nos dar muita emoção
Os cantores da mata silvestre
Podem está em extinção

Canta, canta passarinho
O teu canto vem mostrar
Que a vida é tão bela
E nos faz então sonhar
Que o teu canto é a esperança
De o mundo vim a mudar


Israel Batista

Recife PE 28/01/2012

VOU EMBORA DA PASSÁRGADA



Fui embora pra Passárgada
chegando lá não gostei
era um lugar atrasado
... lá vi tanto pau mandado
mas eu nunca vi o rei

Vou embora da Passágada
não sou amigo do rei
para os seus amigos tudo
pro resto do povo nada
só os rigores da lei

Vou embora da Passárgada
foi pesadelo o que sonhei
por tão pouco ou quase nada
tanta gente alienada
vota nos filhos do rei

Vou embora da Passárgada
ta chegando a minha hora
vou com a coragem e a cara
no primeiro pau-de-arara
que até o rei foi simbora.


Tiburcio Bezerra